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Identidade perdida
Estamos a 48 horas de mais um derby que está para já a ser escaldante fora das quatro linhas, como habitualmente é apanágio, com trocas de acusações, e muito mais, entre os dirigentes de ambos os clubes.

Se por um lado este tipo de cenário é já um hábito, por outro não deixa de ser tristemente ridículo a cada ano que passa, uma vez que os intervenientes não sabem nem se esforçam para que o futebol português seja de facto um meio alegre, contagiante e acima de tudo saudável.

Jorge Nuno Pinto da Costa, um homem no poder há 25 anos, com um trabalho notável no FC Porto, tem já experiência comprovada, não só na arte de dirigir, como na arte da acusação irónica, conseguindo "picar" quando deseja e quando chega o timming exacto. O adversário actual, ou melhor, os adversários actuais, a dupla encarnada Luís Filipe Vieira e José Veiga, os homens fortes do SL Benfica, com alguma história no futebol, e que a mal ou a bem, têm tido o seu papel fundamental para a restruturação do clube com mais adeptos de Portugal, e com resultados a todos os títulos marcantes.

Depois de farpas de ambas as partes, com sucessivos comentários menos abonatórios, insinuações, acusações e mais um rol interminável de palavras, não mais haverá paz entre dois dos maiores clubes do país, nem no próprio futebol português. Resta então o quê ? Os adeptos? Nem esses escapam à persuasão clubística, ao "amor" à camisola ou apenas à "carolice" que é apoiar incessantemente o seu clube, ainda que por vezes isso signifique falta de razão. Os verdadeiros fãs do futebol ficam a perder com tamanha miséria, com tamanha mesquice, com a total falta de respeito para com simpatizantes, amantes, loucos ou sócios de clubes...todos perdem, até o prestígio que um dia o nosso futebol já possuíu.

O que se pedia neste sábado à noite era um Estádio do Dragão cheio, com pessoas de ambos os sexos, de ambos os clubes, com muita côr, com muita paixão, com imensa alegria e com total respeito e interacção com o "rival". Presidentes na tribuna a sorrir, a dialogar, a tentar impulsionar o futebol português, a moralizar tantos quantos os que veêm no futebol um escape e uma salvação para o quotidiano.

Há cenários que por vezes classificamos de utópicos e o futebol há muito que começa a ser um.

foto: luso.fr
publicado por Pedro Ribeiro
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