
Quando na tarde de 26 de Junho de 1992, jogadores altos, louros, de elevado porte atlético, tidos como os "outsiders" do Euro 92, subiram ao relvado do Estádio do IFK de Gotemburgo, a Europa do Futebol estava já de si, ligeiramente estupefacta...e mais ainda ficou. Chegados à maior competição da UEFA, de selecções, através da desistência da selecção Jugoslava, devido ao conflito nos Balcãs, ninguém acreditaria que os dinamarqueses conseguissem sequer passar da fase de grupos do Campeonato da Europa, a realizar-se em solo sueco. Tendo ficado no grupo A, juntamente com os anfitriões, e com dois colossos europeus, França e Inglaterra, a Dinamarca puxou dos galões e calou os mais críticos. Mesmo empatando com os ingleses a zero no primeiro jogo, e perdendo o segundo com a Suécia, os "vikings" foram vencer o terceiro embate com os franceses, garantindo o segundo lugar do grupo e chegando mais tarde às meias-finais. Não poderia ser um embate mais complicado para estes "iniciados", pois enfrentaram nada mais nada menos que os actuais campeões europeus do momento, a Holanda ( equipa que já foi recordada no nosso Baú das Recordações ) . O jogo ficou empatado a dois golos no final do prolongamento e foi para penalties, onde o responsável pela grande caminhada de 88 foi o carrasco de 92. Sim, Marco Van Basten falhou a única grande penalidade e garantiu a passagem dos dinamarqueses à final, que seria contra outro colosso, a Alemanha. A final foi a todos os títulos fantástica, dois golos bastaram para que o "rookie" Schmeichel, o capitão Olsen, o "camião" Jensen e a dupla da frente , Brian Laudrup e Flemming Povlsen agarrassem o ceptro. Sob a conduta brilhante de Richard Moller Nielsen, os nórdicos mereceram e inscreveram o seu nome para a história do futebol mundial.