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Diz que é uma espécie de opinião...por Bruno Leite
Bom dia estimados leitores! As novidades nos grandes de Lisboa continuam a marcar a actualidade futebolística. Será por isso que o FC Porto anda tão descansado da vida? A agitação que se vive nos Grandes tem muito a ver com o que sai diariamente na imprensa. Ora basta seguirmos uma linha lógica de raciocínio para entendermos que, salvo algumas excepções, os jornalistas limitam-se a fazer o seu trabalho que é procurar informação. Esses "tesouros" que vendem jornais diariamente têm sempre um fundo, mais ou menos credível, mas que provêm, regra geral, das mesmas fontes que estão dentro dos clubes.

Nesse aspecto em particular, mas poderia citar tantos outros, o FC Porto continua a dar uma verdadeira "goleada" aos seus rivais. É conhecida a blindagem do balneário, e não só, do FC Porto desde que Jorge Nuno Pinto da Costa assumiu a presidência do clube. Além de outros factores determinantes para o sucesso este que referi acima parece-me nuclear.

Os jornais desta sexta-feira destacam situações menos agradáveis ocorridas no Sporting e no Benfica. Nos leões suscitam-se dúvidas sobre o dia exacto de regresso do avançado Liedson, que já tem feito das suas, que continua a ser um atleta para quem a disciplina é uma palavra por vezes é esquecida.

O Benfica regressou ontem aos trabalhos e Léo, como grande profissional que é, acatou -tristemente- as ordens da SAD e apresentou-se. Ontem já reprovei grandemente a posição ridícula da SAD do Benfica - que mais parece estar a provocar condições para que exista uma divergência total no que toca às negociações de renovação- relativamente à delicada situação de Léo. Recorde-se que o pai do jogador foi submetido a uma delicadíssima intervenção cirúrgica coronária e que, tendo em conta o estado grave em que a mãe também se encontra, o jogador solicitou à Benfica SAD a dispensa dos treinos por mais alguns dias. Solicitação à qual o Benfica respondeu com um claro NÃO!

Léo marcou presença, mas chegou "destroçado" a Lisboa, como é, aliás, mais do que compreensível. Pergunto eu: Quem não ficaria? O defesa esquerdo brasileiro, com a elegância a que nos habituou, não criticou a actuação do Benfica referindo «não tenho nada para falar sobre isso». No entanto, após alguma insistência dos jornalistas presentes soltou em jeito de desabafo: «Sou profissional e tenho que fazer o que a equipa determinar. Como posso estar satisfeito com o meu pai assim?».

Eu faço mais uma pergunta. O que ganha o Benfica com esta atitude lamentável? Resposta: Transforma um profissional exemplar a todos os níveis num atleta magoado, triste e sem motivação para exercer a sua profissão. Situação que poderia ser amenizada caso o Benfica soubesse gerir recursos humanos e entendesse que só teria a ganhar se não só compreendesse como ajudasse o seu activo a superar esta situação difícil.

O clube da Luz só joga no dia 6 de Janeiro, Léo não é um jogador que ganhe peso com facilidade, pelo que com um programa de treino diário no Brasil o atleta chegaria à Luz em condições mais do que razoáveis de regressar à competição. Pegando até, mais uma vez, no exemplo de profissionalismo que Léo representa em si mesmo.

Costuma dizer-se que é "Pior a emenda que o soneto". É desta forma que classifico as declarações de José António Camacho que apontam para uma conversa com Léo no sentido de averiguar a gravidade da situação, podendo ponderar a dispensa do jogador. Esta é uma posição, mais uma vez, estranha -não querendo culpar Camacho, visto não saber se ele foi informado do sucedido, correctamente, durante as férias- porque a partir do momento em que o Benfica toma conhecimento desta situação o procedimento natural seria comunicar ao treinador para que este desse um parecer. A gravidade da situação não irá ser descortinada por Camacho de forma mágica com a presença de Léo. Poderia ter sido tudo resolvido por telefone, o defesa poderia ter ficado ao lado do seu pai num momento tão difícil e ter-se-ia poupado o desgaste da viagem e a crescente desmotivação do jogador. Mas, supostamente eles é que percebem disto não é? Nota-se...

Ainda no Benfica, falemos agora de Katsouranis ele que foi uma das bandeiras de Fernando Santos para o Benfica 2006/07. O grego foi um dos esteios da equipa, então orientada pelo técnico português. Katsouranis é trinco, é central, é médio direito e é goleador. Já fez de tudo no Benfica. Na minha opinião é um jogador fantástico, perfeito em termos tácticos e com características raras, mas isso não é tudo. Desde que Luís Filipe Vieira demitiu Fernando Santos, o rendimento de Katsouranis veio por aí abaixo...o grego não mais parece o mesmo, talvez sentindo-se mais desamparado no plantel. É preciso não esquecer que o colega e amigo Karagounis também já partiu e que só Fernando Santos falava grego no plantel.

No regresso aos trabalhos, ontem, o insólito aconteceu. Léo estava, Rui Costa estava...todos estavam -exceptuando os dispensados- à excepção de ... precisamente Kostas Katsouranis! Alto lá! Terão pensado os adeptos encarnados! Estará no ginásio? Puro engano. Katsouranis faltou ao treino sem justificação plausível, aparente, e segundo as informações que correm na Grécia, o médio, à semelhança de Liedson no Sporting, teria pedido alargamento dos período de férias, pedido que o Benfica recusara. A falta de comparência do jogador terá causado um enorme mau estar no seio da administração da SAD, mas também, e muito, no plantel. Muito pela situação de Léo, precisamente, que apesar do problema gravíssimo familiar que atravessa, acatou, contrariado, as ordens da SAD e apresentou-se aos trabalhos.

Na minha opinião os casos recorrentes de "faltas de comparência" não são mais do que consequência da rédea larga que é dada aos futebolistas dos Grandes de Lisboa. Veja-se o exemplo do FC Porto. Aparentemente, tudo certinho. Nada a dizer... é o clube que venceu 13 ligas em 20 anos. É actualmente bi-campeão nacional. Foi há três anos Campeão Europeu e vencedor da Taça Intercontinental. Mais palavras para quê? Os dirigentes continuam a não perceber onde estão os reais problemas dos seus clubes e não é só a gastar milhões que se conseguem criar grupos coesos e vencedores!

foto: sportugal.pt (Katsouranis)

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publicado por Bruno Leite
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