O FC Porto garantiu a qualificação para os oitavos-de-final da UEFA Champions League a duas jornadas do final do Grupo D ao vencer na terça-feira o APOEL FC, por 1-0, no Estádio GSP, em Nicósia.

Vitória ao cair do pano

Nenhuma equipa de Chipre tinha conseguido ganhar ou empatar diante de adversários portugueses e o registo manteve-se quando Radamel Falcao fez o único tento do encontro num remate cruzado à entrada da área que garantiu o apuramento à sua formação, isto porque na outra partida da quarta ronda o Club Atlético de Madrid não foi além do empate (2-2) frente ao Chelsea FC. Na quinta jornada, agendada para 25 de Novembro, os portistas, no segundo lugar agora com nove pontos, menos um do que os "blues", defrontam o líder no Estádio do Dragão com os dois conjuntos já na fase seguinte, enquanto o APOEL faz o mesmo aos “colchoneros”, restando-lhes lutar pela presença na UEFA Europa League.

Defesa de Helton

Com Cristian Săpunaru, Fredy Guarín e Cristián Rodríguez a surgirem nos lugares de Jorge Fucile, Fernando Belluschi e Mariano González, o FC Porto – até então a segunda formação mais rematadora da prova, atrás do Arsenal FC – fez jus a esse epíteto ainda não estava decorrido o primeiro minuto, quando Raul Meireles rematou de longe para defesa de Dionisios Chiotis, antes de um livre directo de Bruno Alves perto da área sair por cima da barra. Mas na resposta, perto do quarto-de-hora, a irrequieta equipa de Ivan Jovanović – onde os lusitanos Nuno Morais e Hélio Pinto foram titulares (Paulo Jorge não esteve nos 18) – quase se adiantou no marcador. Nenad Mirosavljević rodopiou sobre Fernando e desferiu um excelente remate de pé esquerdo em arco ao qual Helton correspondeu a preceito com boa defesa pela linha de fundo.

Chiotis corajoso

Meireles voltou a testar a atenção do guarda-redes dos cipriotas mas, aos 25 minutos, Chiotis quase comprometeu a sua equipa quando, após cruzamento de Hulk, deixou escapar a bola por debaixo do corpo antes de, felizmente para ele, a ver sair lentamente junto ao poste. Os “dragões” pressionaram e Hulk desperdiçou a melhor oportunidade da etapa inicial em cima da meia-hora. Guarín desmarcou bem o avançado mas o brasileiro, isolado perante Chiotis, tentou fintar o guardião e este tirou-lhe a bola dos pés. O APOEL voltou a tentar e Mirosavljević cabeceou ao lado na sequência de um livre, antes de Hélio Pinto, igualmente de cabeça, ter a mesma sorte perto do intervalo.

Hulk em evidência

Dez minutos após o reatamento, Hulk desembaraçou-se de toda a gente e assistiu Falcao no coração da área mas o ponta-de-lança colombiano rematou à figura de Chiotis. O guarda-redes grego voltou a negar os intentos de Hulk num livre directo e, aos 70 minutos, do outro lado, Mirosavljević não conseguiu dar a melhor sequência ao cruzamento atrasado da esquerda e rematou fraco e à figura de Helton.

Pressão dá frutos

Novo livre de Hulk saiu por cima e logo a seguir, em nova investida do brasileiro pela direita depois de ter deixado os oponentes para trás, viu o seu passe passar à frente da linha de baliza sem que o recém-entrado Ernesto Farías conseguisse tocar na bola. Finalmente, Falcao recebeu o esférico à entrada da área, fugiu bem à marcação e disparou rasteiro e junto ao poste direito, sem hipóteses para Chiotis.