Com o arranque dos centros de estágio, a proximidade adeptos/jogadores foi-se progressivamente diluindo e o contacto entre as partes começou a confinar-se aos autógrafos no pós-jogo ou treino e em acções previamente concertadas.

O fim de cada apronto no Seixal, portanto, é momento raro para os benfiquistas que querem chegar à fala com os seus ídolos. No início de tarde de ontem, Rui Costa, em vias de encerrar a carreira, foi obviamente um dos mais solicitados para as fotografias e palavras de conforto.

Entre os habituais peregrinos ao complexo encarnado, destacou-se Sanae Ishida, uma japonesa de 33 anos que havia chegado a Lisboa a horas para poder contactar com o Maestro. Munida de três camisolas referentes à camisa 10 – Selecção, AC Milan e Fiorentina –, a nipónica pediu a Rui Costa que assinasse os referidos equipamentos.

Satisfeito o desejo, a adepta explicou o porquê de tanta comoção. “Vi pela primeira vez o Rui Costa na televisão num jogo entre o Perugia de Nakata [seu compatriota] e a Fiorentina. Fiquei fã”, assegura Sanae Ishida, que se expressa em italiano mercê dos “cinco anos de aulas” no Japão.

Desde então, seguiu de perto a carreira do internacional português tendo-o visto pela primeira vez ao vivo no “Mundial’2002, quando Portugal jogou contra os Estados Unidos [2-3].” Por arrasto, sabe quem são Petit, Nuno Gomes e Simão Sabrosa e garante ir à Luz para o derradeiro encontro de Rui Costa: “Vou comprar uma camisola do Benfica com o seu nome.”